Pressão pelo dinheiro da TV
Endividados, cartolas da maioria dos principais clubes do país pressionam o Clube dos 13 para antecipar a assinatura do novo contrato com a TV. O compromisso atual para os jogos do Brasileiro só termina em dezembro do ano que vem, mas uma renovação antecipada com a Globo significaria dinheiro vivo já para saldar dívidas. Além de significar novas cotas para os clubes darem como garantia em empréstimos bancários.
A direção do C13, no entanto, acredita que a pressa deixaria os times em situação de inferioridade nas negociações, por isso, pretende esticar mais a discussão. Vai tentar bater o martelo só entre fevereiro e março do ano que vem. Isso já garantiria luvas pelo novo contrato cerca de 10 meses antes de o atual acabar.
O C13 já começou os estudos para formular sua proposta. Avisou às emissoras e aos clubes que o próximo acordo não terá cláusula de preferência. Hoje, a Globo tem o direito de igualar uma oferta melhor.
Outra novidade será o fato de, pela primeira vez, a entidade enviar para os interessados um documento com o preço mínimo exigido pelos clubes. Já a intenção do presidente do C13, Fábio Koff, de que o próximo contrato não dê exclusividade a uma emissora em todos o produtos, causa divisão entre os dirigentes. Uma corrente defende a exclusividade sob o argumento de que a Globo, antiga parceira dos clubes, não irá aceitar dividir o bolo.
Depois de toda essa discussão, ainda virá à tona a velha briga por mudanças na divisão de dinheiro entre os clubes. O Santos, que turbinou suas receitas com a nova geração de Meninos da Vila, é um dos que aumentaram seu apetite.
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