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Operação "Implosão do Clube dos 13"

Perrone

15/09/2010 09h29

Os cartolas que fazem oposição a Fábio Koff no C13 parecem ter se inspirado naquelas operações da Polícia Federal batizadas com nomes chamativos. Iniciaram um plano chamado "Implosão do Clube dos 13". O objetivo principal é minar o poder da atual diretoria. Corinthians, Vasco e Botafogo estão entre os  líderes da oposição.

Parte importante da ação é uma chuva de pedidos de clubes para negociarem diretamente com a Globo o próximo contrato de transmissão para o Brasileirão. O blog apurou que cerca de dez times já procuraram a emissora. Se conseguirem afastar o C13,  eles vão tirar da entidade sua principal função.

Os representantes da emissora mais ouviram do que falaram com os dirigentes. Preferem não se meter publicamente na briga. A Globo precisa de todos os clubes juntos para assinar o contrato.

Outra iniciativa é fomentar a disputa entre os clubes por fatias maiores na divisão do dinheiro da TV no próximo acordo, que valerá de 2012 a 2014, mas já é discutido. O Santos é quem mais deve brigar por aumento.

Em outra frente, o corintiano Andrés Sanchez agiu pedindo a abertura das contas do C13 para saber os salários pagos pela entidade e o que é feito com cada centavo da associação. Como resposta, obteve um pedido para detalhar melhor suas dúvidas.

O Clube dos 13 pouco fala sobre o assunto publicamente. Alega que não ganha nada hoje para negociar as cotas de TV. No último contrato, cedeu por três anos para a Globo o direito de usar sua marca por R$ 8 milhões e parou de cobrar uma taxa de administração.

Internamente, a diretoria do C13 trata a oposição como menor e com menos força do que ela alardeia ter. Usa como argumento a derrota dos opositores na última eleição. O movimento atual é tratado mais como uma ação pessoal de Andrés, inimigo do são-paulino Juvenal Juvêncio, vice da entidade. O corintiano também é aliado de Ricardo Teixeira, que apoiou candidato derrotado à presidência do C13, Kléber Leite.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.