Em contratos com empresa de conselheiros, Santos transfere para cidade de São Paulo decisão de conflitos
Historicamente o Santos indica em seus contratos o fórum de sua cidade como local para discussão sobre eventuais pendências entre as partes. Nos acordos com a Terceira Estrela Investimentos (Teisa), porém, está definido que controvérsias serão julgadas em São Paulo.
Obtive cópia do contrato que o clube preparou para vender 10% do goleiro Rafael para a Teisa. A cópia não está assinada, mas prevê que dúvidas e controvérsias devem ser dirimidas através de procedimento arbitral em São Paulo, na Câmara de Comércio Brasil-Canadá.
Antigos parceiros do clube tentaram em vão fazer o mesmo, alegando que vencer essas disputas em Santos seria mais difícil. Os conselheiros do clube reclamam que hoje decisões importantes são tomadas na capital paulista, nas reuniões do Grupo Guia, formado por consultores do presidente Luís Álvaro. Eles são conselheiros, sócios da Teisa e moram em São Paulo.
A cláusula que transfere as discussões para São Paulo está presente também no contrato de venda de 20% dos direitos de Arouca para a empresa desses conselheiros.
Veja abaixo a cópia do documento feito para a venda de parte dos direitos de Rafael em outubro. No começo de dezembro, escrevi que o Santos tinha acertado a venda de10% dos direitos do goleiro para a Teisa por R$ 300 mil. Esses são os números que estão no documento. A diretoria disse na ocasião que não fez a venda. E mantém essa informação, mas não esclareceu ao blog o motivo para a existência de um contrato de venda sem assinatura. Clique no documento para melhorar a imagem.
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