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Santistas isentam herói Muricy de culpa na lesão de Elano

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30/04/2011 21h21

Assim que terminou o clássico com o São Paulo, Elano foi para um hospital realizar dois exames que indicariam a gravidade de sua lesão muscular. Minutos antes de escrever esse post, conversei com um dirigente santista. Ele me disse serem pequenas as chances de o meia viajar para o México.

Havia até a possibilidade de o atleta passar a noite no hospital na tentativa de acelerar a recuperação.

Em outra situação, a contusão seria um prato cheio para a diretoria crucificar o treinador por escalar os titulares às vésperas de uma partida decisiva na Libertadores. Mas os cartolas santistas não criticam Muricy Ramalho. Estão eufóricos com o treinador, anestesiados.

 Merecidamente, creditam a ele a maior parte dos méritos pela vitória na semifinal do Paulista. A mudança no sistema de jogo do time, que passou a atuar no 3-5-2 após o intervalo, foi fundamental para a vitória.

Além de estarem encantados com o treinador, afirmam que a comissão técnica estava cercando Elano de cuidados. Como escrevi no post na manhã deste sábado, o estafe de Muricy considerava que o meia sentia o desgaste da parte da temporada que disputou na europa.

Elano estava sendo monitorado por exames que indicam o cansaço dos jogadores. E foi escalado porque a comissão técnica o considerou apto. A lesão pode estar relacionada ao desgaste ou não. Nunca saberemos.

O fato concreto é que, apesar de não ter sido brilhante em suas últimas apresentações, Elano fará muita falta ao Santos se não puder enfrentar o América do México. Mesmo assim, concordo com os que não cornetam Muricy por escalar o que tinha de melhor contra o São Paulo. Se não o fizesse e perdesse, seria malhado.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.