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Dilma racha de vez com Teixeira e dificulta vinganças de cartola

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30/07/2011 07h00

Dilma Rousseff está disposta a evitar que a imagem do Governo Federal seja vinculada ao COL (Comitê Organizador Local) e à Fifa. A ideia é deixar claro que as duas partes são parceiras na Copa, mas não são iguais.

Uma das diferenças a ser mostrada, segundo a equipe de Dilma, é que a Fifa, entidade privada, pode escolher seus parceiros (e inimigos). Já o Governo Federal, por questões legais, não pode beneficiar (e nem prejudicar) deliberadamente esse ou aquele.

De maneira sutil, o governo mandou o seu recado para a Fifa ao marcar a entrevista de Pelé, embaixador da Copa de 2014, no Museu de Arte Moderna do Rio. Na véspera do sorteio das eliminatórias, o rei do futebol recebeu a imprensa longe da Marina da Glória, local do evento. E fora dos domínios da Fifa, Ricardo Teixeira não pode escolher quem recebe credencial. Ficou impotente para retaliar seus inimigos, o que ameçou fazer na famosa entrevista dada para a revista Piauí.

Vai ser assim daqui para frente. Eventos do governo relativos à Copa serão longe das regras da Fifa, dificultando as vinganças de Teixeira.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.