Palmeiras se recusa a pagar viagem feita por dirigentes para Espanha

Em janeiro, três dirigentes do Palmeiras viajaram para a Espanha com a missão de acertar amistosos no país. A viagem foi considerada um desperdício de dinheiro por conselheiros do clube. Na mesma época, havia dificuldade para pagar os salários em dia e até impostos estavam atrasados. A avaliação foi a de que um diretor só daria conta do serviço. Ou até que tudo poderia ser feito pela internet.

Recentemente, chegou a conta das passagens aéreas. E a agência que vendeu os bilhetes ouviu da atual diretoria que o clube não irá pagar a dívida. Foi orientada a cobrar diretamente dos três viajantes. Antônio Carlos Corcione, Wlademir Pescarmona e Francisco Buzico na época eram membros do conselho gestor palmeirense e foram para a Espanha às vésperas do fim do mandato da antiga direção.

"Não temos que pagar nada. Viajamos a pedido do presidente e temos como provar isso. Eu estava no Guarujá e não iria passar frio na Espanha se fosse para passear", disse ao blog Corcione. Segundo ele, o trio entregou à atual diretoria uma carta do ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo afirmando que eles viajariam em nome do clube.

As passagens custaram pelo menos 6.000 euros cada. E o imbróglio pode virar uma briga jurídica. O curioso é que nunca se falou mais dos amistosos, que deveriam ter acontecido em março. Só um adversário estava definido, o Espanyol. "Eu me preocupo se alguém resolver perguntar para a atual diretoria por qual motivo não fizeram os jogos e deixaram de receber um bom dinheiro. Deixamos tudo certo para eles fazerem", disse Corcione. Seriam US$ 600 mil pelos dois jogos. Os cartolas de agora dizem que nada sabem sobre as partidas.