Ministério do Esporte vê acusador desesperado e acusação cinematográfica
A estratégia de Orlando Silva Júnior para se defender da acusação de corrupção publicada pela Veja será desqualificar o acusador e alegar falta de provas. No Ministério do Esporte, a entrevista do policial miliar João Dias Ferreira foi classificada como uma atitude desesperada de quem tem nada a perder.
Esse será o tom da defesa ministerial. Ferreira foi preso e sofre uma série de acusações, por isso, enfrentar um processo a mais do ministro não faria diferença. A versão de que Orlando teria recebido dinheiro de propina numa caixa na garagem do Ministério é descrita como cinematográfica.
Principalmente por incluir um relato de agressão com conhoradas de revólver envolvendo outros personagens. A tese é de que o local é movimentado e as cenas parecidas com as de um filme de ação teriam chamado atenção.
Para a tropa de choque do ministro, faltam provas e a única testemunha do PM seria parte interessada, pois trabalhava para Dias.
Apesar de minar o acusador e desdenhar da acusação, o time de Orlando sabe que o caso vai iniciar um novo processo de fritura do ministro, chefe de uma das pastas mais desejadas do Governo, turbinada pela Copa.
Orlando já sobreviveu a alguns escândalos, como a compra de tapioca com cartão de crédito corporativo e reverteu a rejeição de Dilma Rousseff, que desejava trocá-lo quando assumiu. Agora sua capacidade de resistência terá o maior teste.
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