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Ministério do Esporte vê acusador desesperado e acusação cinematográfica

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15/10/2011 11h35

A estratégia de Orlando Silva Júnior para se defender da acusação de corrupção publicada pela Veja será desqualificar o acusador e alegar falta de provas.  No Ministério do Esporte, a entrevista do policial miliar João Dias Ferreira foi classificada como uma atitude desesperada de quem tem nada a perder.

Esse será o tom da defesa ministerial. Ferreira foi preso e sofre uma série de acusações, por isso, enfrentar um processo a mais do ministro não faria diferença. A versão de que Orlando teria recebido dinheiro de propina numa caixa na garagem do Ministério é descrita como cinematográfica.

Principalmente por incluir um relato de agressão com conhoradas de revólver envolvendo outros personagens. A tese é de que o local é movimentado e as cenas parecidas com as de um filme de ação teriam chamado atenção.

Para a tropa de choque do ministro, faltam provas e a única testemunha do PM seria parte interessada, pois trabalhava para Dias.

Apesar de minar o acusador e desdenhar da acusação, o time de Orlando sabe que o caso vai iniciar um novo processo de fritura do ministro, chefe de uma das pastas mais desejadas do Governo, turbinada pela Copa.

Orlando já sobreviveu a alguns escândalos, como a compra de tapioca com cartão de crédito corporativo e reverteu a rejeição de Dilma Rousseff, que desejava trocá-lo quando assumiu. Agora sua capacidade de resistência terá o maior teste.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

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