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Andrés irrita conselheiros ao dizer para revista que mentiu ao Conselho sobre estádio; também disse que Adriano não tem mais jeito

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24/01/2012 21h34

A edição de janeiro da revista masculina GQ gerou revolta entre conselheiros do Corinthians. À publicação, Andrés Sanchez revelou uma mentira dita por ele ao Conselho Deliberativo para evitar que o órgão aprovasse o projeto de um estádio, antes da ideia do Itaquerão. Ele também admitiu jogar pôquer com jogadores e que Adriano não tem mais jeito.

"Um blefe meu foi quando teve um projeto de estádio e falei que não podia ser aquele porque existia um melhor. E não tinha nenhum outro, mas tive de convencer o Conselho a esperar. Esse foi o maior risco que corri. Ter um estádio na mão, não interessando se era caro ou barato e negá-lo", declarou. Só depois veio o projeto do Itaquerão. A oposição já usa a declaração na batalha eleitoral.

O dirigente, campeão brasileiro, também alimentou o arsenal dos opositores ao dizer que "você pode roubar, fazer tudo errado, só cagada, mas, se for campeão vira herói."

O presidente licenciado acabou dando razão a quem critica o cartola por contratar Adriano: "Nego meteu menos o pau [do que quanto trouxe Ronaldo]. Mas hoje ele não tem mais jeito. Investi e deu errado." 

Na entrevista, Andrés admitiu participar de noitadas de pôquer com jogadores. Curiosamente, no dia 31 de agosto do ano passado, ele assinou uma nota no site oficial do Corinthians afirmando que não tem o hábito de jogar pôquer. Rebatia um post deste blog que nem o citava como jogador.

"Mas essa história [pôquer na concentração] veio porque nós _ um grupo de jogadores, amigos e pessoas que não eram nem do Corinthians _ fazíamos uma reunião quinzenal na casa de um. A gente costuma pedir pizza e jogar pôquer a mil reais. Quem perdesse mais perdia mil reais", disse ao negar o hábito dos corintianos de jogar cartas na concentração.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.