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Federação Paulista não consegue explicar medalha embolsada na final da Copinha

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26/01/2012 16h42

A justificativa da Federação Paulista de Futebol para a medalha colocada no bolso pelo ex-governador paulista José Maria Marin não convenceu nem dirigentes dos clubes de São Paulo.

A entidade alegou que foi um presente para o vice da CBF, responsável por substituir Ricardo Teixeira em suas licenças. E afirmou que é normal presentear cartolas com medalhas ao final de competições.

Mas  a cartolagem paulista nega essa prática. Só dirigentes do time campeão das competições promovidas pela FPF costumam ganhar medalhas. E de maneira oficial, com o prêmio sendo colocado no pescoço, como acontece com os jogadores. Quem já assistiu à festa de encerramento do Paulistão viu cartolas de clubes vencedores sendo homenageados assim.

 Nada a ver com a cena protagonizada por Marin, que meteu uma medalha no bolso durante a premiação do Corinthians na Copa São Paulo. O blog enviou por e-mail perguntas ao presidente da federação, Marco Polo Del Nero, por meio de sua assessoria de imprensa, na tentativa de esclarecer o assunto. Mas as respostas foram nada esclarecedoras. Confira:

Pode listar nomes de dirigentes agraciados com medalhas do campeão em competições recentes da FPF, como o último Campeonato Paulista e a Copa São Paulo do ano passado?

 Vários dirigentes já foram agraciados com medalhas de campeão.

 Normalmente, nos eventos da Federação, dirigentes que recebem medalhas são os do time campeão e elas sempre são entregues oficialmente, sendo colocadas no pescoço do agraciado, como é feito com os jogadores. Por qual motivo foi diferente com José Maria Marin [que não é diretor do Corinthians e nem torce para o clube]?

Por nenhum motivo especial.

Na Copa São Paulo do ano passado, a delegação do Flamengo reclamou de falta de medalhas. Qual a explicação?

As medalhas faltantes foram enviadas a diretoria do Flamengo.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.