Oposição corintiana relata pagamento de comissão milionária a agente e chama Mário Gobbi de "bundão"
O blog assistu a uma reunião da oposição do Corinthians nesta quinta num hotel no centro de São Paulo. Segundo os organizadores, 519 pessoas participaram do encontro. O número foi motivo de comemoração. "Eles disseram que perderíamos de zero, estamos trabalhando para perder de uns quatro ou cinco", disse Fran Papaiordanou, que articulou a união da oposição numa só chapa. A eleição acontecerá em fevereiro.
Os ex-jogadores Rincón e Dinei foram os garotos-propaganda do candidato Paulo Garcia. Vários dos presentes fizeram discursos. A seguir, trechos dos que chamaram mais atenção.
Rubens Gomes, membro do Conselho de Orientação
"Na semana passada encontrei por acaso uma pessoa da Turbo, empresa que trabalha com compra e venda de jogadores. Ela me contou que quando o André Santos foi vendido pelo Corinthians teve uma reunião com o Andrés Sanchez para receber sua parte. A empresa tinha 50% dos direitos. Mas o Andrés disse que pagaria US$ 800 mil. Quando essa pessoa reclamou que estava recebendo menos do que deveria, o Andrés disse: 'Temos um problema, você precisa assinar esse contrato para pagarmos uma comissão de US$ 1,2 milhão'. Essa comissão era para o empresário Carlos Leite, que recebeu mais do que o investidor" (procurado pelo blog, Leite disse que não comenta assuntos políticos do clube. Andrés não atende ao blog).
Myrian Athie, ex-vereadora e conselheira do Corinthians
"Um vice-presidente (Mário Gobbi, candidato da situação) que perde um campeonato (Libertadores) e vai embora para casa não pode presidir o Corinthians. Quem faz isso, desculpem-me pela palavra, é um bundão e tem que ficar em casa".
José Carlos Blat, promotor que participou da investigação do caso MSI
(Ao ser questionado se o Ministério Público tem algo a dizer sobre a recente visita de Kia Joorabchian (ex-MSI), ao Brasil) "Sou promotor há 20 anos. Posso dizer que o Corinthians não é lugar de lavagem de dinheiro. Fiquei numa saia justa ao me perguntarem dessa pessoa, mas eu não falo o nome dela (KIA). Só falo o nome de réu no processo criminal. Essas pessoas transformaram o Corinthians em uma filial do crime internacional. Perpetuação no poder e falta de transparência podem fazer o crime internacional voltar ao clube. Nunca mais podemos deixar isso acontecer".
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