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Cartolas 'abandonados' por Teixeira prometem pente-fino na CBF

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17/02/2012 06h00

Um grupo de presidentes de federações estaduais se considera abandonado por Ricardo Teixeira. Eles reclamam que há muito tempo Teixeira se distanciou deles e dos vices que indicaram para a CBF.

A situação piorou no episódio do possível afastamento definitivo ou temporário do presidente. Contam que só conseguem informações pela imprensa. Gostariam que ao menos o chefe tivesse mandado um funcionário telefonar para eles a fim de contar o que estava acontecendo. Afirmam que estão sem GPS em meio à crise. Um dos vices da CBF confirmou ao blog que raramente é chamado para conversar com o presidente. Não conseguiu falar com o cartola para saber sobre seu futuro.

Os "abandonados" ficaram ainda mais irritados porque Marco Polo Del Nero, da Federação Paulista, teve acesso ao dirigente durante a crise. Consideraram um privilégio.

O grupo fala agora em acabar com o que chama de "era do amém". Promete adotar postura contestadora na entidade, com Teixeira por perto ou não. Fala em examinar com lupa as contas da CBF, o que já era lição de casa.

Outra promessa é exigir explicações detalhadas sobre a situação de Marco Antônio Teixeira, tio de Ricardo, demitido com uma indenização milionária, após anos encostado na sede da CBF (engraçado que antes nunca se incomodaram com o dinheiro desperdiçado em salários pagos ao então secretário-geral).

 Ou seja, ensaiam uma rebelião. O blog apurou que a federação gaúcha está na linha de frente do movimento.

Nos clubes, porém, a insurgência não é vista como uma ameaça a Teixeira. Dois dirigentes de grandes times paulistas disseram ao blog que o presidente sufoca o princípio de motim com um telefonema. Lembram que a confederação faz remessas de dinheiro às federações.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.