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Rebeldes da CBF jogam Ricardo Teixeira contra Fifa

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28/02/2012 12h11

A ala de federações rebeladas contra Ricardo Teixeira estava adormecida. Até ter a informação de que Marco Polo Del Nero soube detalhes dos planos do presidente da CBF para a reunião desta quarta, enquanto eles continuavam desinformados. Irritados, voltaram a falar grosso.

Gaúchos, baianos e catarinenses, entre outros, prometem, durante o encontro, bater na tecla de que só aceitaram estender o mandato de Teixeira até 2015 porque foram pressionados pela Fifa. Afirmam que na ocasião o departamento jurídico da CBF apresentou uma carta na qual a federação internacional dizia que a troca no comando da Confederação Brasileira poderia deixar o Brasil sem o Mundial de 2014.

Os revoltosos dizem também que na ocasião surgiu a dúvida sobre o que aconteceria se o presidente deixasse a CBF para assumir a Fifa. Alegam que ficou acordado que uma eleição seria marcada para definir o sucessor, já que a reeleição antecipada era um voto de confiança dado exclusivamente para Teixeira. Por isso, sustentam que em caso de renúncia há a necessidade de um novo pleito, impedindo que o paulista José Maria Marin, vice mais velho, ocupe o posto.

A estratégia pode não ser eficiente, mas o simples fato de remexer no passado e relembrar com detalhes a pressão da Fifa é uma maneira de atacar Ricardo. A federação internacional tenta manter a imagem de que não se envolve em questão internas das entidades nacionais. Tudo que ela quer é ficar livre de polêmicas. E é justamente o que menos acontece quando o nome do dirigente brasileiro aparece.  

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.