Rebeldes prometem transformar assembleia em interrogatório a Teixeira

A decisão de Ricardo Teixeira de divulgar que voltará dos Estados Unidos para retomar suas atividades na CBF após o Carnaval ganhou rapidamente uma interpretação. Para dirigentes de federações se trata de uma tentativa de cancelar a assembleia da confederação marcada para o dia 29.

A reunião foi pedida por presidentes de federações que se consideram abandonados por Teixeira. Eles são contra José Maria Marin, vice da FPF (Federação Paulista), assumir a presidência em caso de ausência de Teixeira, provisória ou definitiva. A federação gaúcha faz parte da liderança do movimento.

Apesar de Marin ter esse direito por ser o vice mais velho da CBF, os rebeldes alegam que o estatuto deve ser interpretado pela assembleia. E os descontentes enxergam brechas para o paulista não assumir.

Como Teixeira vai voltar não haveria motivo para a realização da assembleia. Porém, os líderes do motim prometem manter a reunião. Afirmam que, se o presidente estiver firme no cargo, ela servirá para questioná-lo sobre as últimas notícias "demolidoras", como diz Juca Kfouri, a respeito do cartola.

Querem explicações sobre denúncias e uma palavra final sobre se Teixeira vai ou não deixar a entidade. Difícil acreditar que o presidente de fato será acuado por dirigentes que até hoje beijaram a sua mão. Por mais que estejam revoltados após serem esquecidos pelo chefe na hora do filé, a Copa no Brasil.