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Oposição fura movimento contra secretário da Fifa e prefere atacar obras superfaturadas

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06/03/2012 06h00

O Governo Federal esperava uma reação em cadeia contra Jérôme Valcke. Acreditava que as cidades-sede da Copa de 2014 e até mesmo a oposição ao Planalto ficariam contra o secretário-geral da Fifa, criando um clima hostil, principalmente no Congresso Nacional.

Mas um pronunciamento do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) no plenário na segunda-feira foi o primeiro sinal de que a oposição não está disposta a fritar Valcke, após a sugestão de um pé no traseiro brasileiro.

"Eu disse que o Brasil foi humilhado porque se apequenou quando aceitou a falar com o segundo na hierarquia da Fifa. Não avalizo o termo chulo, mas o conteúdo da declaração dele está certo. Enquanto discutimos se vamos vender cachaça nos estádios, se o Valcke é feio ou bonito, obras estão sendo superfaturadas. Essa discussão com ele só serviu para desviar o foco da incompetência do Governo", afirmou o senador ao blog.

Os líderes oposicionistas em Brasília descartam uma união no Congresso Nacional por um ato de repúdio ao dirigente francês.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.