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Para aliados de Ricardo Teixeira, denúncias motivaram pedido de licença da CBF mais do que saúde

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09/03/2012 06h00

O novo afastamento de Ricardo Teixeira da presidência da CBF não tem como principal motivação problemas de saúde, segundo aliados e amigos de Ricardo Teixeira. Eles afirmam que o dirigente está cansado da série de denúncias apresentadas pela imprensa e bateram na tecla de que o cartola não quer que sua caçula ouça o pai ser chamado de ladrão. A mesma menina de 11 anos que recebeu uma transferência milionária da conta do presidente do Barça, Sandro Rossell.

"Você cria três filhos sendo chamado de cafajeste, ladrão, bandido, todos os dias. E isso sem ter sofrido uma condenação na Justiça. Aí você tem uma filha de nove anos e pensa: ' essa eu vou salvar, não vou deixar  ficar ouvindo essas coisas'. Chega uma hora que tudo isso cansa. Ele está cansado, está cansado do sistema", disse ao blog uma pessoa próxima ao dirigente.

Interlocutores do cartola também afirmam que sua vontade era se afastar definitivamente da CBF e do COL para mudar do país e deixar a filha mais nova crescer num lugar onde ninguém fala das denúncias contra ele. Por isso, a expectativa de que Teixeira possa deixar definitivamente seus cargos voltou a deixar ansiosos alguns dos principais dirigentes brasileiros.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.