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PCC repreende Gaviões e Mancha por mortes, diz torcedor

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02/04/2012 11h00

Gaviões da Fiel e Mancha Alviverde negam ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Porém, o blog ouviu seis relatos de torcedores uniformizados que atestam a influência da facção criminosa nas torcidas.

De acordo com um desses integrantes, o "partido", como é chamado o grupo criminoso, repreendeu Gaviões e Mancha por causa da briga que matou dois palmeirenses antes do último clássico do time contra o Corinthians.

Por essa versão, houve uma reunião na quadra da Gaviões da Fiel na última quinta com a presença de dois líderes da Mancha e membros do PCC. Nela, o "partido" repreendeu os torcedores pelas mortes.

Teria sido descumprido um acordo feito há cerca de dois anos na sede da Mancha para que não fossem usados revólveres nas brigas a fim de evitar assassinatos. As mortes chamam a atenção da polícia, o que desagrada ao PCC.

De acordo com a mesma fonte, o PCC fez a Mancha se comprometer que não irá vingar as duas mortes. A ideia é estancar a vingança em série e, por tabela, tentar brecar a devassa que Polícia Civil e Ministério Público ameaçam fazer nas torcidas.

O episódio reforça a certeza de que os torcedores uniformizados acreditam muito mais a capacidade de punição dos criminosos do que da Justiça.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.