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Aluguel em primeiro jogo da final paulista paga uma semana de manutenção do Morumbi

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07/05/2012 06h00

A renda de aproximadamente R$ 1,8 milhão no primeiro jogo da final do Paulista foi inferior ao que os são-paulinos esperavam. A expectativa era de algo por volta de R$ 3 milhões. Consequentemente, o clube arrecadou menos do que imaginava com o aluguel de seu estádio.

Os são-paulinos ficaram com cerca de R$ 222 mil por cederem sua casa para a primeira partida da decisão. O dinheiro dá para bancar a manutenção do Morumbi por aproximadamente uma semana.

De acordo com o balanço são-paulino, o gasto diário com o estádio em 2011 foi de R$ 32,5 mil (R$ 11,8 milhões no ano inteiro).

A decepção com a receita gerada na abertura das finais, reforça a tese são-paulina de que os shows são mais importantes para manter o estádio do que os jogos. O aluguel para uma apresentação musical sai por cerca de R$ 1,4 milhão.

Mas isso não significa que Juvenal Juvêncio vá olhar com desdém para futuras partidas de rivais em sua casa. O aluguel pode ser inferior ao dos shows, mas grandes jogos são fundamentais para manter os camarotes alugados.

E eles renderam, juntamente com as cadeiras cativas, R$ 20 milhões em 2011. Enquanto isso, as taxas de aluguel, seja para jogos ou shows, deram ao clube R$ 11,8 milhões dos R$ 41,3 milhões arrecadados no total com o estádio.

 Ou seja, manter os camarotes é fundamental para que o Cícero Pompeu de Toledo dê lucro. E as empresas que possuem esses espaços vips não têm interesses só em jogos do São Paulo. Precisam agradar também parceiros que não são tricolores.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.