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Mano Menezes é visto como técnico de clube por críticos na CBF

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11/05/2012 06h00

Um dos principais defeitos de Mano Menezes é ainda pensar e agir como treinador de clube, segundo críticos dele dentro da CBF. E na turma que pensa assim há gente que acompanha o técnico desde seu início no time nacional. Não se trata de uma queixa concentrada na nova cúpula da entidade.

Um dos pecados de Mano seria tentar fazer mudanças na programação de viagens, apresentações de jogadores, locais de treinamentos e nos horários das atividades. Situações simples num clube, mas complexas na seleção por envolverem jogadores que chegam de diferentes países e maior número de jornalistas.

O blog não conseguiu falar com Mano sobre o assunto. Porém, um integrante do estafe da seleção, que prefere não ser identificado, disse que as programações são feitas com antecedência de 20 dias e que a queixa não procede. Segundo ele, o treinador entende a complexidade das operações e há pelo menos um ano não faz alterações. Completa dizendo que o problema pode ter havido no início da passagem do ex-corintiano pela CBF.

Mas as críticas vão além. Atingem também Sidnei Lobo, auxiliar de Mano. Ele é considerado responsável por botar pilha no treinador em momentos de insatisfação. Os críticos entendem que Sidnei deveria assumir o papel de conselheiro e tentar acalmar o técnico.

O blog apurou que a cartolagem da CBF já fez chegar aos ouvidos de Mano que uma mudança de assistente seria vista com bons olhos pela chefia. Foi em vão. Pelo menos publicamente, o treinador segue firme na missão de ignorar olimpicamente críticas e até as estocadas do presidente José Maria Marin.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.