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Blindagem não funciona, e Mano sinaliza que contra-ataques cedidos por Neymar atrapalham seleção

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04/06/2012 06h42

Mano Menezes quis dar a Neymar a proteção que não tem da cúpula da CBF ao evitar analisar diretamente o desempenho do atacante na derrota contra o México. Mas, nas entrelinhas, ficou claro que para o treinador o santista prejudicou o time.

Ao reclamar dos contra-ataques cedidos e do excesso de indiviudalismo, o técnico joga luz no lance do primeiro gol mexicano, nascido num drible errado de Neymar. Os adversários ganharam a bola de bandeja e pegaram a defesa brasileira desprevinida. Numa rápida leitura labial, dá para perceber que até o goleiro Rafael, colega de Neymar no Santos, reclama do contra-ataque.

A preocupação do treinador parece ser maior com o estrago que um drible errado pode fazer na defesa do que  com o fato de o craque do time não balançar a rede.

Mano ficou numa situação delicada. Viu a sua principal esperança entregar o ouro. Sabe que precisa blindar o astro para tentar passar pelos argentinos e não dar pretexto para José Maria Marin demiti-lo.

O presidente da CBF, aliás, já concorre ao lado de Marco Plo Del Nero ao título de pé-frio do ano. A dupla não estava presente nas duas vitórias anteriores, mas acompanhou a derrota contra os mexicanos.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.