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Mesmo com derrota, Mano deixa CBF sem clima para demiti-lo

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09/06/2012 18h02

O Brasil, menos estrelado, jogou de igual para igual com a galáctica Argentina, apesar da derrota por 4 a 3. Ponto para Mano Menezes, que parece ter garantido seu emprego até o final da participação brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres.

Ao encarar a Argentina de cabeça erguida, Mano cria um problemão para a cúpula da CBF. Apesar de negar publicamente o interesse de demitir o treinador, gente próxima a José Maria Marin diz que o presidente da confederação considerava a série de amistosos ideal para a troca. Esperar até a Olimpíada seria um risco. Vai que Mano conquista o ouro. Nesse caso, Marin não poderia contratar Muricy Ramalho, o preferido dele, segundo cartolas com trânsito na CBF.

Mas a cúpula da confederação precisava de um motivo para dar o bilhete azul ao gaúcho. Sem pressão popular ficaria inviável a mudança. E a derrota apertada para os argentinos não dá motivos para um linchamento popular de Mano às vésperas da Olimpíada.

Agora é esperar os Jogos Olímpicos chegarem. E o treinador seguirá a sina de precisar calar seus chefes a cada jogo, até chegar no cargo ao Mundial de 2014.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.