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Rosenberg pede paz para trabalhar, ganhar a Libertadores e relembra vexame do Santos em Mundial

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13/06/2012 15h31

Alvo de protestos de torcidas organizadas e da oposição corintiana, Luis Paulo Rosenberg se defendeu num e-mail recebido pelo blog. Sem citar nomes, ele credita os ataques que tem sofrido à "dor de cotovelo" do grupo que perdeu a eleição no Corinthians, com Paulo Garcia como candidato.

A oposição divulgou um manifesto contra Rosenberg, depois de o vice-presidente afirmar em palestra que o Corinthians tem um time medíocre, como revelou o Uol Esporte.

O cartola alega que travava um debate com o presidente do Santos, Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro, que "estava muito irônico e bem à vontade com seu time de iluminados". Explica ter mostrado que o Corinthians com o seu grupo conquistou o Brasileiro no mesmo mês em que o Santos tomou "um chocolate vexatório no exterior", ao perder o Mundial para o Santos.

Leia abaixo, na íntegra, o desabafo de Rosenberg.

"Protestar quando sentimos que o Timão foi atacado é direito fundamental de todos os corintianos. Portanto, não me sinto perseguido ou injustiçado pelo ato de protesto.

O que lamento é que minha declaração tenha sido distorcida. Em primeiro lugar, não dei entrevista. Estava numa faculdade, onde se usa uma linguagem mais direta para que os alunos entendam e cresçam na profissão.

Em segundo lugar, travava um debate com o Presidente do Santos, ele muito irônico e bem à vontade com seu time de iluminados. O ponto que eu defendia e que gerou tanta celeuma era simples: ao contrário do Santos e seus ídolos, nosso time não tem jogadores badalados, mas tem a Fiel e tem Tite, e o resultado foi que em Dezembro passado, nós nos sagramos campeões do Brasil e eles tomaram um chocolate vexatório no exterior.

O estranho é que este episódio apareceu ligado a uma disputa hipotética entre [Mário] Gobbi e [Andrés] Sanches ( que o ex-presidente formalmente desmentiu).

 O saudoso Ulysses Guimarães gostava de lembrar sempre: jaboti não sobe em árvore. Se encontrar um nos galhos de uma, pode ter certeza de que alguém o colocou lá. A politização deste assunto é demonstração de dor de cotovelos dos que perderam uma eleição há poucos meses.

Deixem a gente trabalhar! Há um estádio por concluir, uma libertadores para se ganhar e é árdua a tarefa de se transformar o time que eles destroçaram no passado no Bracelona brasileiro do futuro.

A politização deste assunto é demonstração de dor de cotovelo dos que perderam uma eleição há poucos meses atrás. Deixem a gente trabalhar! Há um estádio por concluir, uma Libertadores para se ganhar e é árdua a tarefa de se transformar o time que eles destroçaram no passado no Barcelona brasileiro do futuro."

O blog lembra que Rosenberg foi entrevistado pelo UOL Esporte após a palestra e disse que havia usado a palavra medíocre no sentido de mediano, para definir um time sem estrelas. E assim foi publicado.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.