Topo

Perrone

Carreira prolongada de Rogério agora preocupa cúpula do São Paulo

Perrone

16/08/2012 17h31

O gol contra marcado por Rogério diante do Náutico aqueceu uma discussão que era levada em fogo brando no Morumbi: o momento certo de Rogério se aposentar. Há na cúpula do São Paulo quem acredite que o goleiro já deveria ter pendurado as luvas. E que teme novas falhas se ele continuar como titular.

Publicamente, ninguém vai contra o goleiro-artilheiro. Sob a condição de anonimato, influente cartola disse ao blog temer que dores provocadas pelo desgaste físico atrapalhem os movimentos de Rogério nos treinos e nos jogos. Citou como exemplo o fato de ele ter falhado contra o Náutico ao esticar o braço direito, mesmo lado em que teve o ombro operado recentemente.

Rogério falhou com braço direito, lado em que operou o ombro

Como comparação, há o caso do palmeirense Marcos, que tem os mesmos 39 anos de Rogério e encara seu primeiro ano de aposentadoria. Ao ouvir pedidos para prolongar a carreira por mais um ano, o palmeirense afirmou que as dores o obrigavam a treinar menos do que gostaria. E que isso atrapalhava seu rendimento. Por isso parou.

No São Paulo, apesar da preocupação, ninguém está disposto a sugerir diretamente ao goleiro a aposentadoria. Em recente conversa entre cartolas influentes do clube, um deles lamentou o fato de nenhum treinador ainda ter falado com Rogério sobre colocar um ponto final na carreira.

Quem defende o fim de linha para o capitão diz que é obrigação da diretoria preservar o ídolo. O dilema é como proteger o time de futuras falhas sem humilhar o astro com a perda da posição.

 Ninguém cobra Juvenal Juvêncio diretamente. Mas existe entre seus colaboradores quem queira um papo reto do presidente com o goleiro, que há dez anos foi campeão do Mundo pela seleção brasileira. E que hoje vê só um de seus colegas de posição na conquista longe dos gramados. Pela Portuguesa, Dida, o outro do trio, também tenta esticar a carreira.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.