Comissão de arbitragem suspeita que falta de preparo físico causou erro na Vila Belmiro e estuda mudar treinamento
Após Emerson Augusto de Carvalho errar três vezes no lance que originou o segundo gol do Santos no clássico contra o Corinthians, a Comissão Nacional de Arbitragem estuda mudar o treinamento de bandeirinhas que atuam no Brasileirão.
"Os erros de assistentes estão acima da média. Vamos conversar com nossos instrutores sobre isso e sobre os três lances na Vila Belmiro. Quero ver se é o caso de colocar os assistentes para treinarem separadamente dos árbitros. Talvez, a gente esteja focando muito o trabalho do árbitro", disse ao blog Ségio Corrêa, presidente da comissão.
Ele admitiu que o erro de Carvalho foi o mais grave do Brasileirão. "O primeiro lance a gente entende, o segundo também. Mas o terceiro foi inexplicável, tem que ter estudo de causa. E vamos estudar. Ele está acostumado a trabalhar de um lado do campo, do lado do banco de reservas. Passamos a fazer o Emerson atuar do outro. Talvez tenha batido sol na cara dele. Talvez tenha se atrapalhado um pouco no começo do segundo tempo, às vezes, árbitros e assistentes demoram alguns minutos para se acostumarem com a mudança de lado. Acontece. Vamos procurar saber", completou Corrêa.
Ele disse ainda só ter a certeza de que o bandeirinha não tem problemas de visão, isso por causa dos exames oftalmológicos que faz a pedido da Federação Paulista.
Coordenador de instrução da comissão, Manoel Serapião Filho, também analisou o gol irregular e já tem sua conclusão. "O primeiro e o terceiro lances foram fáceis. No terceiro, houve erro de posicionamento. Ele tinha que estar na linha da bola e não estava. Provavelmente, foi falta de concentração ou de preparo físico", declarou Serapião.
Ele disse aguardar relatório do instrutor físico da comissão sobre teste feito por Carvalho no último dia 14. "Sabemos que ele fez 20 tiros de 100 metros, o mínimo exigido. A Fifa hoje trabalha com 24. Vamos ver o relatório para saber se ele fez no limite. Mas agora vamos aprimorar a parte física dele, a concentração e o lado psicológico. A parte mental é importante para ele não sofrer com essa exposição", disse o coordenador.
Serapião negou que o período de pelo menos um mês de Carvalho sem atuar na Séria A seja uma punição. Diz ser uma forma de blindar o assistente. "O Emerson é exemplar, tem crédito", finalizou Serapião.
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