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Corinthians corre risco de perder para CBF parte que reivindica na venda de Lucas

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14/08/2012 06h00

O Corinthians revirou seus arquivos e ainda não encontrou um registro de que Lucas tenha participado de ao menos uma competição da Federação Paulista pelo time. Precisa disso para ter direito como clube formador a cerca de R$ 270 mil dos R$ 108 milhões pagos pelo PSG ao São Paulo.

E se não obtiver uma comprovação aceita pela Fifa, o alvinegro corre o risco de perder a sua parte para a CBF.  Funciona assim: o pagador reserva 5% do valor da negociação para clubes em que o atleta atuou a partir dos 12 anos no período considerado de formação.

A verba fica separada por 18 meses. Se ao final desse prazo ainda houver dinheiro sobrando, a federação nacional pode pedir a quantia. Até agora, o Corinthians só tem registro de atuações de Lucas em jogos da Associação Paulista de Futebol, que não valem para integrar o passaporte do jogador. É o  documento que as entidades nacionais produzem com o currículo do atleta, usado para o comprador distribuir o dinheiro.

Como já escrevi, a saída mais simples para o Corinthians seria uma declaração de Lucas atestando que o clube participou de sua formação. Os cartolas do São Paulo, porém, são contra ele ajudar o rival.  O impasse favorece a CBF.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.