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Ausências de Fred e Ronaldinho revelam mágoa de Mano com veteranos

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11/09/2012 13h05

Ao deixar Fred e Ronaldinho Gaúcho fora dos jogos contra a Argentina, Mano Menezes reforça os indícios de que está magoado com alguns veteranos.

 Gente ligada ao treinador bate na tecla de que Fred e Ronaldinho, entre outros medalhões, não mostraram comprometimento com o time nacional ao serem chamados por Mano. Por esse relato, eles decepcionaram o treinador que esperava ver jogadores calejados liderando os mais jovens.

 A ajuda dos craques rodados era considerada fundamental para o técnico conduzir a transição de gerações na seleção.

A ausência da dupla numa convocação só para atletas de times brasileiros não é o único sinal de que Mano se transformou num cara mais rancoroso do que em seus tempos do Corinthians. No clube, perdoou Ronaldo mais de uma vez pela tal falta de comprometimento (expressão menos agressiva usada por treinadores para reclamar de atletas que não se cuidam fora de campo, perdem a forma física e atrapalham o time).

O treinador mostra que agora é mais de guardar mágoas ao dar indiretas a Romário, seu maior desafeto, e até ao dizer que a seleção jogou contra a China com uma raiva gostosa da torcida paulista. Reação natural para quem tem apanhado tanto.

A sorte do técnico é que Ralf não é tão rancoroso, e vai atender à convocação mesmo depois de Mano dizer que o corintiano não é o volante moderno exigido pela seleção. Mais incompreensível do que essa contradição, é a convocação de Fábio Santos. O lateral-esquerdo tem jogado bem menos do que na Libertadores e foi brindado com a vaga no time nacional num momento em que já é questionado até por parte da torcida de seu time.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.