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Em clássico tenso corintiano leva tapa na cara de PM, e diretoria do Palmeiras fica sem rumo

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16/09/2012 20h48

A tensão no Pacaembu começou antes de o clássico deste domingo começar e podia ser notada na entrada dos corintianos. O blog presenciou um torcedor levando um tapa na cara dado por um policial militar, além de outras cenas de truculência.

O rapaz esculachado teria tentando entrar sem ingresso. Outro PM arremessou no chão o isqueiro de um corintiano enquanto dizia: "se tiver [maconha] entrega. Se eu achar vai ser pior".

Perto deles, outro corintiano reclamava que foi barrado: "Não me deixaram entrar só porque encontraram uma sedinha comigo", reclamava ele.

Nas ruas utilizadas pela torcida alvinegra não faltaram pichações feitas pelos adversários, com frases como "eu odeio vocês". Também foram espalhados adesivos com um sinal de proibido armas de fogo. Mas não se tratava de campanha de desarmamento. Era para que as brigas entre as torcidas não envolvam armas. Matar a bala não pode. Com socos e pontapés pode.

Tudo isso no reencontro entre Gaviões da Fiel e Mancha Verde após serem liberadas pela FPF e autoridades a voltarem a frequentar os estádios uniformizadas.

Dentro do Pacaembu bastou a bola começar a rolar para ficar claro que a saída de Felipão não resolveu nada no Palmeiras, a não ser os problemas de Felipão, agora afastado do caos instalado no Palestra Itália.

Pior para o torcedor palmeirense. Teve que aguentar aplausos irônicos dos rivais a cada erro dos atacantes alviverdes. Sem falar na marcha fúnebre entoada na arquibancada.

Em meio ao desastre, a diretoria ainda não sabe quem vai ser o substituto de Luiz Felipe Scolari. Pelas declarações dos cartolas, está longe de saber.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.