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Olympikus deixa de pagar Vágner Love e interrompe obras de museu do Fla por causa de flerte com Adidas

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10/09/2012 15h29

 A Olympikus deixou de pagar R$ 50 mil mensais referentes a 10% do salário de Vágner Love que estavam sob sua responsabilidade. Também interrompeu as obras do museu do Flamengo. A fabricante de material esportivo não fala sobre o assunto, mas o blog apurou que as decisões foram tomadas por causa da negociação do clube com a Adidas.

Os executivos da empresa não gostaram da forma como o Flamengo conduziu o caso. A diretoria recebeu uma oferta da Olympikus para cobrir a proposta da concorrente, mas até agora não enviou uma resposta para a atual parceira.

O problema maior é a Olympikus avaliar que o vazamento do interesse da Adidas derrubou a venda de seus produtos ligados ao rubro-negro. Em 2012, a comercialização não atingiu nem 30% da marca registrada em 2011, segundo fonte ligada à empresa.

Assim, os homens da Olympikus decidiram cumprir só o que está no contrato. Como ela já investiu R$ 10,4 milhões no museu e o acordado era um gasto de R$ 8 milhões, os trabalhos foram suspensos. Um novo aporte milionário seria necessário para completar a obra, porém, a parceira não vai colocar mais dinheiro. Dessa forma, a conclusão do museu está ameaçada.

A ajuda dada para o clube pagar Vágner Love é vista na empresa como um bônus, não previsto em contrato. Isso justifica a suspensão do pagamento. O mesmo aconteceu em relação aos R$ 50 mil mensais que eram dados a Deivid. A quantia deixou de ser paga antes de ele deixar a Gávea, noutro sinal de insatisfação por parte da patrocinadora.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.