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Confirmação de favoritismo de Haddad alivia São Paulo e Palmeiras

Perrone

28/10/2012 10h51

 As últimas pesquisas sobre a eleição paulistana são tranquilizadoras para dirigentes de São Paulo e Palmeiras. Os dois clubes entraram na reta final da campanha de Fernando Haddad, que, segundo o Datafolha, será o novo prefeito, e temiam uma reviravolta. Havia receio de retaliações por parte do PSDB em caso de vitória de José Serra.

Tricolores e alviverdes ainda dependem da prefeitura para concluir os projetos de reforma em seus estádios. E também para o funcionamento deles como casas de espetáculos. Esse foi um dos motivos para apoiarem o favorito. Mas nos dois clubes há cartolas que consideraram a estratégia arriscada.

No São Paulo, Juvenal Juvêncio estava ciente do risco e por isso hesitou em aceitar o convite para participar de encontro com o candidato petista. Foi convencido pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

Para aliados do presidente, pesou na decisão sua mágoa com o ex-governador Serra por não ajudar como poderia na batalha para colocar o Morumbi na Copa do Mundo.

Segundo Datafolha, Haddad chegou à véspera da eleição com 58% das inteções de voto, e Serra com 42%

No Palmeiras, o apoio a Haddad ainda gera polêmica. Parte dos conselheiros argumenta que Arnaldo Tirone deveria ter se mantido neutro, pois Serra é torcedor do alviverde. Talvez por isso, o presidente palmeirense tenha sido tão discreto durante o evento petista. Sua timidez até rendeu críticas de militantes do PT.

Já no Corinthians há o temor de que o esforço de Andrés Sanchez para apoiar Haddad aumente o desejo do Governo Estadual de não colocar dinheiro público nas arquibancadas provisórias do Itaquerão. Por ora, o discurso tucano é de que na falta de um patrocinador será honrado o compromisso de bancar as instalações.

Nesse cenário, os cartolas paulistanos se preocuparam como nunca com a eleição municipal. E a provável vitória do candidato escolhido por eles deve gerar uma enxurrada de pedidos à nova administração.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.