Topo

Perrone

Governo vai usar até patrocinadores estatais para cobrar transparência de Nuzman

Perrone

05/10/2012 17h47

 Reeleito para mais um mandato no COB, Carlos Arthur Nuzman agora enfrentará uma cobrança maior do Governo Federal por transparência e resultados esportivos.

A ordem em Brasília é usar o poder financeiro para pressionar o cartola. Como principal financiador do esporte olímpico e parceiro na Olimpíada do Rio, o Governo Federal quer ser mais ouvido pelo dirigente.

Além do Ministério do Esporte, as empresas estatais que patrocinam o esporte olímpico brasileiro têm sinal verde para cobrar Nuzman. Correios, Banco do Brasil (empresa de capital misto), Infraero e Caixa são exemplos de patrocinadores que injetam dinheiro público nas modalidades olímpicas.

A postura mais dura não vale só para Nuzman, mas também para os presidentes das confederações patrocinadas com verbas enviadas por Brasília.

Além de transparência e melhor desempenho técnico, há uma cruzada colocar para brecar reeleições como as do presidente do COB e do Comitê Rio-16.

Se o projeto for levado a sério pelas autoridades federais, Nuzman também terá que mudar radicalmente sua postura na hora de se defender de eventuais denúncias. Explicações rasas como as dadas no episódio da espionagem nos Jogos de Londres não combinam com quem direta ou indiretamente lida com dinheiro público.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.