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Torcida contra Palmeiras em final e salário alto fazem Alex sofrer rejeição de conselheiros

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06/10/2012 06h00

Superficialmente, a contratação de Alex parece unanimidade no Palmeiras. Porém, o meia enfrenta a rejeição de conselheiros tradicionais do clube, que preferem não se manifestar publicamente.

A ala mais radical do Conselho Deliberativo não quer o retorno do jogador por lembrar de uma declaração de Alex na final da Copa do Brasil. O veterano deu entrevistas e escreveu em sua conta no twitter que torceria para o Coritiba, seu time de coração, ser campeão na final contra o Palmeiras, equipe que também defendeu. "Sou sempre Coxa", afirmou. Algo que os corneteiros não perdoam.

De acordo com a assessoria de imprensa de Alex, o jogador ainda não falou sobre valores com o Palmeiras ou com outros interessados. Mesmo assim, conselheiros e diretores calculam que o salário dele dificilmente ficaria abaixo de R$ 600 mil mensais. Acreditam também em luvas entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões, isso porque o jogador já rescindiu seu contrato com o Fenerbahce. Em casos assim, os atletas costumam cobrar luvas mais altas, como se estivessem vendendo seus direitos econômicos.

A avaliação dos críticos da contratação é de que o negócio será salgado demais por se tratar de um jogador de 35 anos, sem poder de revenda. Temem que o alto salário provoque ciúmes e arrebente o vestiário alviverde.

Mas a diretoria  aparenta não dar bola para os corneteiros e segue tentando acertar a contratação.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.