Fifa e Ministério do Esporte querem distância de Del Nero e se aproximam de Ronaldo
Jérôme Valcke e Aldo Rebelo jantaram juntos nesta segunda no Rio. O único prato indigesto do cardápio foi o envolvimento de Marco Polo Del Nero em investigação da Polícia Federal.
Secretário-geral da Fifa e ministro do Esporte digeriram o caso da mesma maneira. Ambos acreditam que a presença de Del Nero em eventos oficiais levará sua crise particular para a Copa do Mundo. Preferem ter por perto Ronaldo, membro do COL (Comitê Organizador Local).
O caso Del Nero estourou numa semana de agenda cheia. Na segunda, sem Marco Polo e José Maria Marin, mas com Ronaldo, houve visita ao Rio. Nesta terça é a vez de Curitiba, também sem a dupla de cartolas. Quarta, a ida será ao Itaquerão. E no sábado acontece o sorteio dos jogos da Copa das Confederações.
Manter distância do presidente da Federação Paulista, vice da CBF, dirigente da Conmebol e membro do Comitê Executivo da Fifa durante essa programação é o desejo de Valcke e de Aldo.
Ambos concordam que seria constrangedor, por exemplo, Del Nero ser indagado por jornalistas num evento Fifa sobre seu problema policial. Ele teve computadores apreendidos e precisou depor por suspeita de compra de informações sigilosas vendidas com a ajuda de policiais.
O cartola nega ter cometido crime. O caso não tem a ver com suas atividades no futebol. Ele afirma ter contrato um detetive particular para levantar informações públicas sobre uma pessoa com quem teria relação comercial.
Para Fifa e Ministério do Esporte, porém, o escândalo é apenas mais um ponto negativo para Del Nero. A gestão da dupla na CBF é criticada. Altos salários pagos a eles mesmos (Marin aumentou sua própria remuneração) incomodam.
Também causa desconforto a estratégia de Del Nero colocar em posições estratégicas homens de sua confiança, apesar de não ser ele o presidente da CBF e do COL. No Comitê Organizador, por exemplo, foi nomeado por Marin Rogério Caboclo, vice de finanças da FPF. Ele é considerado olhos e ouvidos de Del Nero no órgão.
Pelo conjunto da obra, o cartola paulista é visto na Fifa como um problema de solução desconhecida. Assim como foi um dia Ricardo Teixeira. A diferença é que o cartola de múltiplas funções conseguiu tostar seu filme em muito menos tempo do que o ex-presidente da confederação.
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