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Fim de marmeladas e recuperação de jogadores marcam título do Fluminense

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11/11/2012 19h49

Agora festejado pela torcida, Fred já foi perseguido

Nada mais emblemático do que o Fluminense conquistar o título com a ajuda do Vasco, que empatou com o Atlético-MG. Foi o desfecho de um Brasileirão livre das marmeladas presentes no título do próprio Flu em 2010.

Em sua conquista anterior, o tricolor do Rio viu os torcedores adversários, como palmeirenses, pedirem para suas equipes entregarem a fim de prejudicar o Corinthians. O alvinegro foi acusado de ferrar o São Paulo, ajudando o Flamengo no ano anterior.

Desta vez, além do Vasco, o Fla, que também empatou com o Galo, colaborou com o time das Laranjeiras.

Na outra ponta da tabela, o Corinthians deu um alívio ao Palmeiras com um empate diante do Bahia sem ouvir a Fiel pedir a entrega. Enfim, a era das marmeladas parece enterrada. O que ainda não aconteceu de vez com o alviverde, que respira por aparelhos. E pela segunda vez seguida vê o campeão brasileiro dar a volta olímpica em cima dele. No ano passado foi o Corinthians.

Outra marca do campeão Flu é a volta por cima de jogadores que estiveram na berlinda. Diego Cavalieri bateu e voltou da Europa para se consagrar como melhor goleiro do Brasileirão. Fred virou unanimidade nacional, após quase apanhar da torcida do Flu que o perseguia na noite carioca. Deco, se não  voltou a jogar como outrora, foi importante na conquista.

O caneco também representa a volta por cima do clube, obrigado a engolir Muricy Ramalho falando de ratos no CT e detonando sua estrutura. Há de se falar que, apesar do título, o Fluminense ainda tem muito a fazer para melhorar as condições de trabalho de seus jogadores.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.