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Hostilizado pela torcida do Palmeiras, Luan custou tanto quanto ídolo Barcos

Perrone

13/11/2012 06h00

No Palmeiras assombrado pelo rebaixamento, o jogador mais espinafrado pela torcida custou tanto quanto o principal ídolo do time. Luan, que mostrou o dedo médio em resposta aos xingamentos de um torcedor em Presidente Prudente, foi contratado por cerca de R$ 7 milhões. É a mesma quantia desembolsada por Barcos, endeusado pela torcida.

Em fase de examinar erros e acertos, a diretoria é quase unânime ao afirmar que gastar tanto dinheiro com Luan foi uma das grandes falhas.

 A contratação foi cobrada publicamente por Luiz Felipe Scolari. O treinador criticou duramente os dirigentes por demorarem a entrar em acordo com o Toulose, da França, para assegurar a permanência do atleta, que estava no Palestra Itália por empréstimo.

Enquanto Luan está na conta de Felipão, diretores que hoje criticam Arnaldo Tirone afirmam que os méritos pela contratação de Barcos são do presidente. Ele apareceu no clube com o nome do argentino da LDU na manga.

As semelhanças entre os dois jogadores não passam do valor pago pelo Palmeiras. Números do Datafolha mostram desempenhos distintos.

Em 27 jogos do Brasileirão, o argentino fez 14 gols, média de praticamente 0,5 por partida. Por sua vez, Luan entrou em campo 18 vezes e marcou em três oportunidades. Anêmica média de 0,16.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.