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Após distanciamento de Rosenberg, gerente de marketing corintiano vira alvo de torcedores

Perrone

18/01/2013 12h01

Sócios-torcedores do Corinthians tentam organizar manifesto contra o gerente de marketing do clube, Caio Campos. Funcionário de carreira no Parque São Jorge, ele virou alvo após o vice-presidente do clube, Luis Paulo Rosenberg, se afastar do departamento de marketing.

Os torcedores protestaram contra Rosenberg por ele ter chamado o time de medíocre e por causa da demora para conseguir um patrocinador principal fixo em 2012, entre outras coisas.

Caio herda parte das críticas, como a dificuldade em assinar o principal contrato de patrocínio. Mas o estopim para os torcedores pedirem a sua saída foi o aumento na anuidade do plano mais barato do programa Fiel Torcedor. O valor pulou de R$ 100 para R$ 180, ao mesmo tempo em que a categoria mais cara teve redução de R$ 300.

Na opinião dos descontentes, Caio sobrecarrega os torcedores para buscar os recursos que não consegue no mercado. Ele também é criticado por supostamente elitizar a Fiel com preços altos.

Por meio da assessoria de imprensa do Corinthians, o presidente Mário Gobbi disse que a responsabilidade do reajuste é dele, pois foi o dirigente quem autorizou a mudança. Ressaltou também que Caio é funcionário do clube.

Leia abaixo depoimento de Caio Campos ao blog.

"Não aumentamos a anuidade, foi uma retomada de preço já que esse valor foi cobrado antes. Não fiz nada sozinho, da minha cabeça, da noite para o dia. Foi tudo muito planejado. Fizemos uma pesquisa com os sócios-torcedores antes de tomar essa decisão.

É importante lembrar que o programa agora dá uma série de benefícios por causa da nova parceria (com uma série de empresas). Ficou mais valorizado.

Não sei o motivo para se manifestarem contra mim, contra um funcionário, não sei se existe motivação política. O fato é que essa avaliação não corresponde com a visão do mercado em relação ao marketing do Corinthians. E os valores dos contratos que conseguimos mostram a qualidade do trabalho. A demora no ano passado foi uma situação especial, mas conseguimos um excelente contrato.

Respeito a opinião dos torcedores, mas discordo das críticas. Não existe processo de elitização. 70% das nossas ações são voltadas para as classes C e D. Temos uma política definida por nosso presidente de não aumentar o preço dos ingressos.

Alguns dos que reclamam fazem vistas frequentes aqui e conversam sempre com a gente. Talvez estejam insatisfeitos porque em alguns pontos o clube pensa diferente deles".

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.