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Para evitar conflito com Vasco, Corinthians deixa investidores tocarem negociação por Dedé

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15/01/2013 11h21

Até agora Dedé não pediu para sair do Vasco

O Corinthians assiste de camarote à tentativa de investidores de levarem Dedé do Vasco para o Parque São Jorge.  O time paulista não quer se indispor com os vascaínos, por isso não está na linha de frente das negociações.

Na trincheira, está o estafe dos donos de 55% dos direitos do zagueiro. Gente ligada à empresa Liga Participações & Intermediações (45%) e ao clube Villa Rio (10%).

Os corintianos estão seguros de que os investidores preferem ver Dedé no atual campeão do mundo. Por esse raciocínio, o beque se livraria dos constantes atrasos salarias do Vasco. E teria maior valorização num time já formado. O Vasco tenta se organizar após perder vários atletas. Assim, o Corinthians seria uma vitrine melhor para os empresários exporem seu "produto".

Há também preocupação dos paulistas de não despertarem a fúria da torcida vascaína, que já perdeu meio time por causa de atrasos salarias. A entrada de um rival de sola nas negociações inflamaria os torcedores e deixaria a negociação mais complicada.

Os investidores conseguem conversar com o Vasco fazendo menos espuma e respaldados por cláusulas contratuais. No cenário ideal para o clube comandado por Mário Gobbi, Dedé deixaria o Vasco mediante o pagamento referente apenas aos 45% dos direitos econômicos pertencentes ao Vasco.

 Pelas contas dos investidores, isso dá 3 milhões de euros. Roberto Dinamite, porém, diz que não há cláusula que o obrigue a negociar por esse valor. A definição sobre o futuro do jogador não deve passar desta semana.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.