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Queda da Mancha vira munição de conselheiros contra ingerência de torcida no Palmeiras

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13/02/2013 09h19

O rebaixamento da Mancha no Carnaval provocou duas reações imediatas de conselheiros do Palmeiras. A primeira foi argumentar que agora é a vez de os dirigentes cobrarem a torcida, tão hostil com cartolas e jogadores após a queda do time para a Série B do Brasileiro.

A segunda atitude de conselheiros influentes foi usar o fracasso da Mancha para combater a inciativa da torcida de participar da vida política palmeirense. Eles temem que a partir da primeira eleição com voto dos associados, a uniformizada consiga "fazer" um presidente pois tem muitos sócios no clube.  Já conseguiu até eleger membros do Conselho Deliberativo. O fiasco  no samba seria uma demonstração de despreparo dos integrantes da organizada.

Enquanto cardeais do clube querem barrar a uniformizada da política, o presidente Paulo Nobre se aproximou da torcida. Visitou a quadra da Mancha três dias antes de anunciar a venda de Barcos. Segundo a assessoria de imprensa do Palmeiras, ele foi apenas acompanhar o último ensaio antes do Carnaval.

O sentimento entre a maioria dos cartolas é de que Mancha afasta jogadores do Palestra Itália com seus atos violentos, prejudicando a montagem do time. Não bastasse isso, agora também fez o clube virar motivo de gozações.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.