Ao bancar Lula em Caracas, Odebrecht viu Chávez prometer pagamento capaz de erguer dois 'Itaquerões'
Reportagem publicada na edição desta sexta da Folha de S. Paulo revela que três dias após uma viagem de Lula para a Venezuela, em 2011, o presidente Hugo Chávez declarou estar quase resolvida dívida de aproximadamente US$ 1 bilhão (R$ 1,9 bi pela cotação atual) de seu governo com a Odebrecht. A quantia é suficiente para bancar toda a construção do estádio do Corinthians, avaliada em R$ 1 bilhão, e praticamente erguer outro igual.
Construtora do Itaquerão, a Odebrecht bancou a viagem de Lula a Caracas. Conforme mostra a reportagem, o ex-presidente viajou num jato da empresa.
Não se trata, porém, de uma equação simples. A Venezuela quita a dívida, e a Odebrecht usa o dinheiro no estádio. Claro que a construtora precisava da receita também para outros fins. Mas a operação ajuda a entender a decisão da empresa de atender a um pedido de Lula. Ocupando a presidência da República, ele aconselhou a construtora a encarar a empreitada da casa própria corintiana.
Desde o começo, o projeto era arriscado. Não havia garantias sólidas de que a Odebrecht seria paga nos prazos combinados. Até hoje sem financiamento do BNDES e liberação dos incentivos fiscais da prefeitura, falta dinheiro para tocar o restante da obra.
Olhando superficialmente, pode parecer que a Odebrecht se meteu numa enrascada. Mas o episódio na Venezuela mostra como foi importante abraçar a causa do ilustre corintiano.
Ainda segundo a Folha de S.Paulo, o Instituto Lula diz que nessa e em outras viagens bancadas por construtoras o ex-presidente teve como meta consolidar a imagem e os interesses da nação brasileira.
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