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Patrocínio bloqueado faz Corinthians ter cautela com Dedé

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12/04/2013 06h00

Corinthians não fará loucura para ter Dedé

Um dos motivos que levaram o Corinthians a ser cauteloso em relação à negociação para ter Dedé é o temor dos dirigentes de que a briga na Justiça pelo patrocínio da Caixa leve anos. Conforme o blog apurou, os cartolas temem não conseguir honrar compromissos referentes  à contratação do beque.

A diretoria não quer correr o risco de inadimplência ou de deixar de pagar salários para arcar com as despesas da contratação. Enquanto a Justiça mantém o patrocínio bloqueado, o alvinegro deixa de receber R$ 2,58 milhões por mês, um vazio e tanto em seus cofres.

Nesse contexto, a cúpula corintiana avalia que Dedé é um luxo, não uma necessidade. O clube já investiu pesado para trazer Gil e está contente com o desempenho de sua defesa. E num momento de incerteza é melhor gastar só o necessário.

O discurso de Duílio Monteiro Alves, diretor de futebol alvinegro, em entrevista nesta quinta, foi exatamente nesta linha. "O Corinthians não vai gastar um centavo sequer e nem vai envolver nenhum jogador. Não vamos fazer investimento em um setor que já gastamos no início do ano. Nós temos interesse se ele chegar embrulhado para presente no CT", disse ele.

Apesar do que afirmou o cartola,o blog apurou que o Corinthians sinalizou ao Vasco que aceitaria colocar alguns jogadores no negócio, entre eles estavam Júlio César, Ramón, Élton e Willian Arão. A DIS, dona de 45% dos direitos do zagueiro, daria uma quantia aos vascaínos e aumentaria sua participação.

A declaração de Duílio não deve ter sido bem recebida no Vasco, já que diminui o poder de pressão sobre o Cruzeiro na negociação.

O imbróglio na Justiça começou depois que um advogado gaúcho entrou com ação contestando a legalidade de patrocínio estatal a um clube. Uma liminar mantém o Corinthians impedido de receber o dinheiro durante a ação.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.