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Presidente de federação critica Marin por agradar Corinthians com amistoso e pagar salários altos na CBF

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06/04/2013 06h00

Marin precisa do apoio das federações para aprovar contas da Confederação Brasileira

Distante da Fifa e do Governo Federal, José Maria Marin começa a ver aumentar o número de presidentes de federações descontentes com sua administração.

O amistoso da seleção contra a Bolívia, neste sábado, foi o estopim para Antônio Américo Lobato Gonçalves, presidente da Federação Maranhanhense, disparar críticas ao chefe da CBF e do COL (Comitê Organizador Local da Copa).

"Já pedi para a CBF fazer  um amistoso  da seleção no Maranhão, temos estádio pra isso. Não fizeram. Agora, jogar de graça na Bolívia para agradar ao Corinthians pode. Vou cobrar, se podem fazer isso por um clube também temos o direito", disse Gonçalves ao blog.

A partida contra a Bolívia terá uma porcentagem da renda destinada à família de Kevin Douglas Beltran, morto em jogo do Corinthians com o San José. O amistoso também faz parte da diplomacia em favor dos 12 corintianos acusados de envolvimento no disparo do sinalizador que matou o boliviano.

O gesto da CBF deve aproximar Marin e Marco Polo Del Nero do clube do maior desafeto da dupla, Andrés Sanchez.

Outra queixa do cartola maranhense é em relação aos salários pagos a dirigentes da CBF. Segundo ele, são superiores à verba repassada às federações.

"Tem gente na CBF ganhando 90 mil por mês. O Marin dava R$ 98 mil por mês para o Ricardo Teixeira. A minha federação recebe R$ 50 mil mensais. Não acho justa essa diferença.", chiou Gonçalves. Segundo cartolas com trânsito na CBF, Marin ganha R$ 160 mil mensais.

Procurada pelo blog, a assessoria de imprensa da CBF disse que o presidente da Federação Maranhense tem total liberdade para ir à confederação e fazer as reinvindicações que achar justas para sua entidade.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.