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PT inclui até arenas de Estados da oposição em sua propaganda

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01/05/2013 06h00

Propaganda do PT  divulgada em horário nobre na televisão, com Lula e Dilma Rousseff, é um trailer de como Copa do Mundo será explorada nas eleições de 2014. Entre as transformações pelas quais o Brasil passou desde que o partido assumiu a presidência, são citados na publicidade os 12 estádios do Mundial.

Não há menção individual âs arenas. Nem ao fato de várias delas terem sido construídas em Estados governados por outros partidos. E nenhum lembrete sobre existirem arenas privadas, como as de  Corinthians, Inter e Atlético-PR,

Faz tempo que integrantes do PT defendem a tese de que com financiamento do BNDES e/ou isenção de impostos, os 12 palcos do Mundial têm algo do Governo Federal em seu DNA. E que Dilma precisa reforçar a imagem desse governo como um dos "patrocinadores" da competição.

Apenas duas arenas estaduais são em locais em que o governador é petista: Bahia e Distrito Federal. O Rio Grande do Sul também é controlado pelo partido, mas o estádio é privado.  No entanto, teve financiamento aprovado pelo BNDES.

Como a narração se refere "aos 12 estádios",  até o Mineirão, do Estado do tucano Aécio Neves, provável principal adversário de Dilma nas eleições de 2014, acabou entrando no pacote publicitário.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.