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Para governistas, Fifa descobriu Brasil democrático com protestos

Perrone

27/06/2013 05h56

Integrantes do Governo Federal ainda tentam sustentar que os violentos protestos em diversas cidades do país não prejudicam o Brasil como sede da Copa de 2014. Um dos argumentos é de que a Fifa está  apenas vendo de perto um país democrático, pois o direito do cidadão de se manifestar é respeitado.

No entanto, não se discute a dificuldade da polícia em conter os atos violentos. E nem o fato de até o QG da Fifa ser atingido pelos manifestantes em Salvador. Muito menos os gastos com o Mundial estarem na pauta dos manifestantes.

Os governistas também minimizam falhas nas arenas, falta de alimentos nos bares do Estádio Nacional, em Brasília, e goteiras em camarotes na Arena Fonte Nova, em Salvador. O discurso é de que problemas como esses ocorrem em qualquer país (será?).

Quem foi ao Mineirão, viu torcedor brigar na fila para comprar cerveja e na saída se sentiu num cenário de guerra civil com direito a fogo e destroços nas ruas, não consegue assimilar esse discurso.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.