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Revelações do Barça aumentam pedida da DIS por sua parte na venda de Neymar

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05/06/2013 06h00

Antes de o Barcelona divulgar os detalhes da compra de Neymar, a DIS estava disposta a aceitar cerca de 11 milhões de euros por seus 40% dos direitos econômicos do atacante.

Mas depois de o clube espanhol informar que pagou 48 milhões euros ao Santos e 10 milhões ao atleta, a empresa mudou de ideia. Agora está disposta a encarar uma longa batalha na Justiça para receber cerca de 20 milhões equivalentes à sua fatia. Um acordo  precisaria ter esse valor como referência.

Para os representantes da empresa, as revelações feitas pela direção do Barça servem como prova de que ela tem direito a cerca de 20 milhões de euros.

Também segundo os investidores, o Santos havia informado que embolsou 17,1 milhões de euros, 30,9 milhões a menos do que a quantia declarada pela equipe catalã.

"Estamos lidando com pessoas que falam em transparência, mas não agem com transparência", disse Roberto Moreno, executivo da DIS. Ele se refere à direção do Santos e ao Comitê Gestor do clube.

Procurada pelo blog, a assessoria de imprensa do Santos disse apenas que não fala sobre os valores da negociação.

A DIS, que já desconfiava da versão santista, também reclama que o Barça nega ter pago comissão a empresário. Segundo a empresa, o Santos disse que 900 mil euros foram usados com essa finalidade, diminuindo o bolo a ser dividido.

Ainda conforme representantes dos investidores, o Barça chegou a oferecer cerca de 9 milhões de euros por sua parte numa negociação direta entre as duas partes, algo que o clube espanhol nega.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.