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Candidatura de diretor jurídico decola no São Paulo

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20/07/2013 08h26

Ao mesmo tempo em que a crise são-paulina se agrava, a temperatura da disputa eleitoral aumenta no Morumbi. Isso apesar de a eleição estar marcada apenas para abril de 2014.

O blog apurou que mais uma candidatura está consolidada. É a do diretor jurídico Kalil Rocha Abdala, mesmo sem ele ter feito pronunciamento público sobre o tema.

Antes dele, o opositor Marco Aurélio Cunha e o vice-presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, já tinham assumido à intenção de disputar a presidência. Adalberto Baptista, diretor de futebol, e Roberto Natel, vice-presidente social e de esporte amadores, também são vistos como potenciais candidatos.

No caso de Kalil, a candidatura é vendida como sendo de consenso, sob o argumento de que ele agradaria diferentes correntes do Conselho Deliberativo, tanto na oposição como na situação.

O blog apurou que Marco Aurélio, opositor, já sinalizou que pode desistir de sua candidatura e apoiar Kalil. Mas isso dependendo da rejeição a seu nome entre os conselheiros vitalícios.

O pleito será em duas etapas. Primeiro, os sócios votarão em chapas para eleger novos conselheiros. Marco Aurélio terá que se candidatar de novo ao Conselho e não abre mão de fazer isso encabeçando uma chapa, com status de candidato à presidência.

Depois, só os conselheiros escolhem o substituto de Juvenal Juvêncio. Cada chapa precisa ter o apoio de 55 dos 160 conselheiros vitalícios, o que permite apenas duas candidaturas. É nesse estágio que Marco Aurélio pode apoiar o diretor jurídico, se notar que o nome do amigo tem apoio maior dos vitalícios.

Em caso de vitória, Marco Aurélio seria nomeado vice-presidente de futebol por Kalil.

Provedor da Santa Casa de São Paulo, o diretor jurídico é antigo colaborador de Juvenal. Recentemente, os dois tiveram uma discussão. O diretor não gostou do tom de voz com que o presidente o abordou para pedir a internação do ex-jogador Teodoro na Santa Casa. O ex-atleta foi internado e morreu em junho.

Apesar do  desentendimento, não houve um rompimento oficial entre os dois, tanto que Kalil segue como diretor.

Por sua vez, Juvenal tem como questão de honra fazer com que o nome abençoado por ele ganhe a eleição. O cartola terá que se decidir entre Leco, Natel e Baptista, chamuscado pela crise do time e por sua troca de farpas com Rogério. Seus aliados mais próximos não acreditam que ele apoie Kalil, por conta do bom relacionamento dele com Marco Aurélio.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.