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Luta contra rebaixamento ressalta malandragem de Rogério Ceni

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04/09/2013 06h00

Rogério tem sido valioso na luta do São Paulo contra o rebaixamento. Voltou a fazer defesas importantes na vitória sobre o Náutico, nesta terça. Mas, a fase crítica do time destaca também outro lado do ídolo são-paulino, o da malandragem.

O goleiro surpreendeu ao soltar uma segunda bola no campo em ataque do Botafogo que precisou ser interrompido após cobrança de falta no último domingo. É difícil imaginar outra inteção de Ceni a não ser impedir uma rápida cobrança por parte do rival ao segurar uma bola que estava saindo pela linha de fundo e esperar o recomeço do jogo para atirar a pelota no gramado. Ao perceber que o gandula já havia feito a reposição, Rogério poderia ter mostrado ao árbitro que tinha outra bola em suas mãos ou simplesmente ter se livrado dela. Mas esperou o início do ataque, sem saber qual seria o desfecho, para denunciar a falha.

Já na arena Pernambuco, ele demonstrou tranquilidade para segurar o jogo quando deu. Foi a impressão que ficou no final da partida, ao pedir atendimento médico e demorar para se recuperar, freando o ímpeto do Náutico.

Seja defendendo ou catimbando, Rogério está cumprindo o que amigos do goleiro dizem ter ouvido dele. Afirmam que o astro prometeu fazer de tudo para evitar o rebaixamento.

Nesse ritmo, ele aumenta a relação de fatos inesperados em sua carreira justamente no último ano de atividade. Como a acusação feita por Ney Franco de que ele teria provocado a fritura de Ganso. Ou sua resposta demolidora, afirmando que se dependesse dele o treinador teria durado muito menos no clube. Houve ainda um pito em público dado pelo então diretor de futebol Adalberto Baptista.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.