Vendas e Mineirão impulsionam líder, diz diretor de futebol do Cruzeiro
Entrevista com Alexandre Mattos, diretor de futebol do Cruzeiro, líder do Campeonato Brasileiro.
Como explicar a guinada dada pelo Cruzeiro?
A gente começou esse trabalho no ano passado. O Cruzeiro tinha desmanchado um time muito forte, estava sem estádio. Sabíamos que teríamos dois anos de muita luta. Comecei a contatar as pessoas, começamos a procurar jogadores. Entendemos que o futebol atual exige força física, criatividade, transição rápida, poder ofensivo e defensivo. Fomos ao mercado buscar jogadores jovens que se encaixassem. Trouxemos Lucca, Nilton, Ricardo Goulart, Éverton Ribeiro. E buscamos um diferencial, com Dedé, Dagoberto, Júlio Baptista. Foram 19 jogadores em 16 meses. E entendemos que o Marcelo Oliveira tinha o perfil para comandar um time com essas características.
A receita gerada pelas saídas de Montillo e Diego Souza foi o ponto mais importante dessa reviravolta?
Fizemos um investimento da ordem de R$ 40 milhões. A receita dessas duas negociações beirou R$ 30 milhões, e ainda vieram o Henrique na saída do Montillo e o Willian na do Diego Souza. Então, elas foram fundamentais. O Cruzeiro teve duas viradas financeiras, essa foi uma. A outra foi ter o Mineirão de volta somado ao crescimento do sócio-torcedor. Chegamos a 30 mil sócios em seis meses de programa. O Mineirão com a força da torcida foi a melhor contratação. O gramado é rápido e nosso time se especializou em jogar com rapidez. Brinco com o Marcelo Oliveira que ele não precisa fazer preleção, só a carreata da torcida pro Mineirão já contamina.
O Cruzeiro voltou a fazer parcerias com empresas. Existia uma rejeição dos investidores ao clube?
Não era rejeição. É que o Cruzeiro tinha rejeitado uma grande oferta do Corinthians pelo Montillo, e o investidor quer resultado, fica preocupado em trazer o jogador e não conseguir vender. O mercado queria entender o novo Cruzeiro, e o que fiz foi mostrar isso. Conseguimos boas parcerias e bons negócios. O Cruzeiro não gastou um real para trazer o Lucca. Com a DIS (empresa do Grupo Sonda) conseguimos o Dedé. Agora, enquanto estou falando com você, já estou pensando em 2014 e 2015, planejando contratações.
Vai conseguir manter os principais jogadores para a próxima temporada?
Não é o Cruzeiro, todos os clubes grandes precisam vender um ou dois jogadores, isso não tem como evitar.
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