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Decisões desastrosas fora de campo ajudam a explicar fracasso corintiano

Perrone

28/10/2013 07h20

Uma sequência de decisões desastrosas fora de campo ajuda a explicar a queda de rendimento do Corinthians dentro de campo. Veja abaixo os problemas que não combinam com quem ostenta o rótulo de campeão do mundo.

Indefinição sobre Tite

No auge da crise, a diretoria foi hesitante em relação à permanência de Tite. Após derrota no Brasileiro para o Grêmio, o gerente Edu Gaspar disse que todas as possibilidades estavam abertas ao comentar o futuro do técnico. O treinador ficou exposto enquanto uma reunião decidia seu futuro.  Posição mais firme teria fortalecido o comandante.

Abandono

Na goleada por 4 a 0, para Portuguesa, ninguém da diretoria foi com o time para Campo Grande. Os jogadores tiveram que fazer o papel de cartolas e blindaram Tite. Na derrota para o Grêmio no Brasileirão, os diretores de futebol Roberto de Andrade e Duílio Monteiro Alves também não apareceram. As ausências, nos dois casos, incomodaram atletas e membros da comissão técnica.

Gramado

O clube escolheu Mogi Mirim para cumprir dois jogos da punição com mando longe de São Paulo sem vistoriar o gramado antes. Jogadores se assustaram ao pisar pela primeira vez no campo, criticado após as partidas.

Guerrero

O departamento médico corintiano entrou em choque com seus colegas da seleção peruana. Contestaram a versão deles de que a contusão do atacante era mais grave do que se dizia no Parque São Jorge. Bancaram um tratamento conservador, que não deu o resultado esperado. Guerrero só foi operado na semana passada e não deve jogar mais em 2013. Enquanto isso, time sofre para fazer gols.

Segurança

Depois da eliminação na Copa do Brasil, o time jantou num local próximo ao saguão do hotel em que estava em Porto Alegre. Isso facilitou a aproximação de torcedores. Dois chegaram perto e aos berros cobraram o presidente do clube, Mário Gobbi, para afastar Pato, Sheik e Romarinho. Episódios assim costumam trazer mais instabilidade para um elenco já fragilizado.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.