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DIS deve pedir documentos sobre acordos anteriores do Barça por Neymar

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11/10/2013 16h25

A carta do presidente do Barcelona, Sandro Rosell, ao Santos, anexada em ação movida pela DIS e divulgada pelo Blog do Milton Neves, aumentou o imbróglio jurídico envolvendo a transferência do atacante.

O documento confirma na Justiça brasileira a versão espanhola de que 57 milhões de euros foram usados para "outros pagamentos com os quais o FC Barcelona teve que arcar visando resolver acordos anteriores com outras partes. O FC Barcelona não poderia mais cumprir ou executar esses acordos em consequência do contrato de transferência assinado com o Santos FC, de modo que os acordos tiveram que ser acertados pelo FC Barcelona".

A DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, agora deve tentar na Justiça receber os documentos referentes a esses acordos. Fonte ligada à empresa disse ao blog que os advogados irão até o final para descobrir onde foi parar cada centavo da transferência.

A carta não explica quem assinou acordos com o Barça anteriormente. Só que o jogador estava sob contrato com o Santos. Neymar não poderia assinar, e o Barcelona também não poderia negociar, sob pena de ser acusado de aliciamento.

O stafe de Neymar nega que tenha feito negociação anterior à venda efetuada pelo Santos. A DIS, que detinha 40% dos direitos do jogador, não se conforma em receber sua parte apenas em relação aos 17 milhões de euros dados ao Santos, segundo a carta. A empresa alega também que deveria ter sido informada de acordos anteriores envolvendo o jogador.

Representantes do Barcelona afirmam que nos 57 milhões de euros estão comissões para empresários, gastos para monitorar o atacante durante anos e até despesas com a apresentação do atleta.

Enfim, a carta apresentada à Justiça após a empresa pedir a exibição de documentos, não esclarece, deixa mais dúvidas sobre a transferência.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.