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Em mediação, Palmeiras deve alegar desequilíbrio para mudar contrato

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12/11/2013 07h20

 

Mais do que bater o pé para comercializar 33 mil das 43 mil cadeiras de seu novo estádio, o Palmeiras tentará sair da mediação sobre seu impasse com a WTorre com uma série de mudanças no contrato.

Oficialmente, nenhuma das partes fala sobre o assunto.  Mas o blog apurou que advogados consultados pelo clube elaboraram uma linha de ação que tem como objetivo alegar que o compromisso atual é desequilibrado a favor da WTorre. E que, numa parceria de 30 anos, essas desvantagens se tornariam catastróficas para o alviverde. Por isso, uma reforma contratual seria o mais justo. Um acordo em relação à essas modificações agora evitaria que o caso fosse levado para um centro de arbitragem.

Um dos principais pontos de desequilíbrio seria o fato de a construtora poder vender os ingressos pelo preço que quiser e repassar ao clube valores referentes ao tíquete mais barato, em média, na temporada anterior.

Em documento apresentado a seus conselheiros, recentemente, a diretoria alegou que o contrato pode provocar um prejuízo de pelo menos R$ 300 milhões em 30 anos. Estimativas como essas serão usadas durante a mediação na tentativa de uma reformulação contratual.

Por sua vez, a WTorre está disposta a insistir que apenas quer que o contrato seja cumprido. E que ele é o mesmo aprovado pelo Conselho Deliberativo do clube, ao contrário do que alegam os palmeirenses.

De maneira irônica, executivos da construtora afirmam que o compromisso é desequilibrado, mas desfavoravelmente à empresa. Isso porque só ela paga a conta da construção.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.