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Lusa mira Justiça comum contra prejuízo superior a R$ 16 mi

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27/12/2013 06h00

Influente conselheiro da Lusa afirmou ao blog que é certa uma ação na Justiça comum caso o time seja rebaixado para a Série B no tapetão. Sob a condição de anonimato, afirmou também que haverá processo para o clube receber uma indenização pelas perdas que terá, se jogar mesmo a Série B.

No entanto, ele não esclarece se o processo seria contra a CBF ou alguém do próprio clube que tenha responsabilidade pela escalação de Heverton, suspenso, contra o Grêmio, na última rodada.

Porém, os advogados da Lusa devem responsabilizar a CBF no julgamento desta sexta, alegando que ela não informou em seu site antes da partida que Heverton estava suspenso.

Procurado pelo blog, o presidente eleito da Portuguesa, Ilídio Lico, disse que não consultou advogados sobr entrar na Justiça comum para tentar se manter na elite ou buscar uma indenização. "Não falei com ninguém sobre isso porque ainda acredito que podemos ganhar no julgamento do recurso [nesta sexta]. Tenho o direito de acreditar nisso", declarou.

Ele já fez as contas do prejuízo que o clube teria com a queda nos tribunais: mais de R$ 16 milhões, isso só contando o dinheiro da Globo pela transmissão dos jogos. "Ganhamos pouco mais de R$ 20 milhões por ano na Série A. Mas a cota cai para R$ 4 milhões na segunda divisão. A diferença é muito grande e essa incerteza já atrapalha. Temos dívidas pra pagar, mas não sabemos quanto vamos receber. E também não sabemos quem podemos contratar", disse Lico.

Consultado pelo blog, o advogado Pedro Trengrouse afirmou ser difícil que o clube consiga na Justiça receber uma indenização da CBF por jogar a segunda divisão. "Essa ação faz sentido, pois cabe à CBF organizar a competição e é evidente que poderia existir um sistema preventivo para evitar a escalação de jogadores irregulares. Mas o fato é que, paradoxalmente, pela legislação atual a, CBF não é responsável por administrar as questões disciplinares. Então, para responsabilizar a CBF, seria necessário mudar a legislação", afirmou Trengrouse.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.